Fundo Mario Menegaz (FMM)
Elemento de conjunto
- Classe de recurso
- Collection
- Título
- Fundo Mario Menegaz (FMM)
- Descrição do acervo
- O acervo é composto pela documentação pessoal e política, incluindo correspondências, medalhas, relatórios, álbuns, material de imprensa, fotos e discursos. Os documentos estão separados por tipologia
- Datas limite
- 1950-2007
- Titular do acervo
- Mario Menegaz
- Histórico do Titular
-
Nascimento em São Francisco de Paula/RS em 21/09/1915; Falecimento em Passo Fundo/RS em 06/08/2007;
Filho de João Menegaz e Angela Marin Menegaz, cursou o ginasial completo em Caxias do Sul (RS), onde começou a trabalhar na oficina mecânica do pai, ainda com 14 anos de idade.
Em meados de 1937, a família Menegaz mudou-se para Passo Fundo-RS, onde durante os primeiros anos de residência na cidade, o pai de Mário, João Menegaz, associou-se na firma Biasuz & Irmãos Ltda. Nesse empreendimento, ele passou a obter participação nos lucros a partir dos serviços prestados.
Posteriormente, Mário Menegaz, juntamente com o Grupo Tagliari, comprou as partes dos sócios desta firma e fundou, em sociedade com seu pai e irmãos, uma nova empresa denominada Menegaz & Cia Ltda, tendo sido seu diretor desde a sua fundação até o ano de 1976. Posteriormente, a empresa viria a se chamar Menegaz S/A Indústria e Comércio.
Mário foi aprimorando seu lado empreendedor, colaborando ou sendo acionista em outras empresas nos ramos de aparelhos e equipamentos. Em consonância a sua consolidação no meio empresarial, também se envolvia na via pública do município, se tornando figura influente também na política local.
Mário Menegaz tem sua primeira aparição política em 1951, quando participa das eleições municipais de Passo Fundo. Ele acaba eleito vice-prefeito do município por 9.873 votos, contra os 8.124 do candidato Elpídio Fialho. Na época, as votações para prefeito e vice eram independentes e o prefeito eleito na ocasião foi Daniel Dipp.
Na eleição seguinte, o então prefeito Daniel Dipp, reconduzido ao cargo, acabou eleito Deputado Federal, portanto Menegaz encerrou a gestão exercendo o cargo de prefeito até 1959. Neste período, ele encaminhou e deu seguimento a obras que estavam em curso durante o mandato de Dipp.
Nas eleições municipais seguintes, em 1959, Menegaz concorreu novamente para prefeito, tendo Dipp em sua chapa como vice pelo Movimento da Renovação Trabalhista (MRT), partido criado em dissidência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Porém, apesar do otimismo destes, pesou a força da legenda PTB e Menegaz acabou derrotado no pleito a prefeito por Benoni Rosado, bem como Dipp foi superado por Sinval Bernardon na eleição a vice-prefeito.
Nesse período fora do executivo, Menegaz seguiu com sua carreira profissional com êxito no meio empresarial. Ele foi sócio-fundador da Cooperativa Tritícola de Passo Fundo Ltda, sendo presidente eleito da instituição por duas vezes. Além disso, manteve suas colaborações e participações em outros empreendimentos.
Em 1963, com a criação da Coligação Popular Passo-fundense (CPP), que aglutinou alguns partidos como PSD, PL, UDN, PRP, PSP, contando ainda com o apoio do MTR e PDC, Mário Menegaz e João Floriani formaram coligação que tirou o PTB do poder local. Com as mudanças no cenário político local e nacional, as eleições municipais foram carregadas de tensão. Menegaz e Floriani foram eleitos prefeito e vice, respectivamente.
A trajetória frente à Cooperativa Tritícola de Passo Fundo LTDA, e sua atuação enquanto prefeito fez de Mário Menegaz um político reconhecido e aceito pelos passo-fundenses, dando início, assim, a um mandato de oito anos marcado por grandes acontecimentos em Passo Fundo.
Em 27 de janeiro de 1964, durante sua administração, foi instalado o Governo de Estado pela primeira vez no interior do Rio Grande do Sul, de onde o então governador, Ildo Meneghetti, governou o estado por três dias. Meses depois, na instalação do golpe militar, Menegaz acolheu o governador, que instalou seu governo no Segundo batalhão Policial do estado. Conforme os registros, Meneghetti pôde dar sequência ao mandato provisoriamente desta sede, durante os primeiros tempos do regime militar, o que foi considerado um marco na história do município.
Tempos depois, Menegaz precisou intervir quando o regime passou a atuar diretamente nas universidades. De acordo com os documentos, a Sociedade Pró-Universidade de Passo Fundo (SPU) havia sido tomada por dirigentes com uso de força militar, ou a “manu militari”. Inconformado, Menegaz, na condição de prefeito, retomou a posse a SPU com ajuda de funcionários da Prefeitura, companheiros e amigos, fazendo cerco das faculdades com uso de caminhões, patrolas, máquinas e tratores. Com estes recursos, as ruas de acesso aos prédios foram trancadas com aceitação da justiça. A retomada da SPU culminou na criação da Universidade de Passo Fundo, tempos depois, viabilizada pelo então Ministro da Educação, Tarso Dutra.
Seu mandato como chefe do Executivo Municipal se estendeu até 31 de janeiro de 1969, quando foi sucedido pelo Dr. César José dos Santos, outro nome já resgatado nesse espaço. Após esse período, Mário seguiu comandando e colaborando no meio empresarial, sendo destaque no empreendedorismo local.
Mário era casado com Amélia Danna, tendo desta união quatro filhos e 12 netos. Recebeu a medalha grão Mérito Fagundes dos Reis por “destacados serviços prestados ao Município”. Mário Menegaz faleceu em Passo Fundo, no dia 6 de agosto de 2007. Como homenagens póstumas, ruas do bairro Nenê Graeff e do Loteamento Parque Viverde 2 levam seu nome. - Para mais informações acesse Projeto Passo Fundo
- Composição, organização e localização
- O acervo é composto pela documentação pessoal e política, incluindo correspondências, medalhas, relatórios, álbuns, material de imprensa, fotos e discursos. Os documentos estão separados por tipologia. Os documentos estão organizados em: fotografias, documentos pessoais, medalhas, troféus, recortes de jornais, relatório do quadriênio (1964-1968). O acervo é composto pela documentação pessoal e política, incluindo correspondências, medalhas, relatórios, álbuns, material de imprensa, fotos e discursos. Os documentos estão separados por tipologia. Os documentos estão organizados em: fotografias, documentos pessoais, medalhas, troféus, recortes de jornais, relatório do quadriênio (1964-1968).
- Palavras-chave
- História de Passo Fundo
- Direitos de reprodução e uso
- Acervo protegido pela Lei 9.610/98. Proibida a reprodução para fins comerciais sem a autorização dos detentores legais do direito. A reutilização destes conteúdos é livre e gratuita devendo ser mencionado o IHPF como fonte de referência, na seguinte forma: Acervo Instituto Histórico de Passo Fundo.
- Hierarchies
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